A coleta dos dados ocorreu entre o fim do mês de novembro e início do mês de dezembro do ano passado

 

Com o início da pandemia, em março de 2020, a vida de todos e todas mudou de uma forma muito rápida. O avanço da tecnologia em diversos aspectos da sociedade, como na educação, foi introduzido em uma velocidade nunca antes vista. Na época, a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) suspendeu as aulas e a Aprofurg - Seção Sindical do ANDES-SN passou a trabalhar em regime de home office. A essência do nosso sindicato - como o contato direto, o diálogo, as assembleias e reuniões - foi migrando, gradativamente, para o ambiente virtual. 

A partir disso, algumas demandas foram surgindo dentro da diretoria do Sindicato. “Após a realização de algumas rodas de conversa online sobre o ensino remoto, nós sentimos muita falta das questões que envolvessem os aspectos psicológicos, as estruturas de trabalho, e a ausência dos dados para entender qual seria a realidade dos professores e das professoras da FURG e do IFRS - Campus Rio Grande trabalhando de suas casas”, explicou a presidenta da APROFURG, Marcia Umpierre.

Depois dessas discussões, o sindicato entendeu que precisaria levar essa pauta para dentro de algum Grupo de Trabalho (GT) da Aprofurg. O GT escolhido foi o de Políticas Educacionais (GTPE), que como o próprio nome sugere discute as ações conduzidas pelo Estado destinadas a garantir os direitos da educação para a sociedade. As condições de trabalho dos docentes foram amplamente discutidas nas reuniões e a ideia de fazer uma pesquisa do trabalho docente na FURG e no IFRS, em tempos de pandemia, foi amadurecida.

Entre os dias 25 de novembro e primeiro de dezembro de 2020, 161 docentes responderam os questionamentos. O objetivo central foi obter informações das Professoras e Professores da FURG e IFRS - Campus Rio Grande referentes ao período de implementação e execução do Ensino Remoto Emergencial (ERE) 2020/1 e as Atividades Pedagógicas não Presenciais (APNP). 

“A gente vive o ensino remoto no dia a dia, e o que os dados nos trouxeram foi a confirmação do que já vínhamos percebendo. Um grande aumento das questões psicológicas, irritabilidade no trabalho, sentimento de tristeza e angústia, que vão nos levando a pensar na saúde mental, não só dos professores e professoras, mas de todos e todas”, relatou Marcia. 

A presidenta ainda reiterou que o adoecimento não iniciou na pandemia, mas se acentuou após o seu início. A falta de incentivo financeiro do governo federal também foi destacado nos dados. “Também buscamos conhecer e compreender as adequações que os docentes tiveram que fazer nas suas casas. Com o retorno das atividades, tivemos que montar uma estrutura e um espaço para trabalhar, e percebemos que existe um grande percentual dos(as) colegas que compraram equipamentos do próprio bolso para atender as necessidades do ensino remoto”.




PESQUISA COMPLETA

Este e outros apontamentos da pesquisa podem ser encontrados aqui

 

ASSEMBLEIA GERAL

O ensino remoto será um dos temas abordados na próxima assembleia geral da APROFURG, que vai ocorrer na próxima segunda-feira, dia 10 de maio, a partir das 15h30min na plataforma online google meet. 

 

Para inscrição e participação na assembleia online, os sindicalizados e sindicalizadas devem enviar um e-mail manifestando o interesse para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., até o dia 10 de maio, às 15h.

 

O edital completo pode visualizado aqui.